Nome Yorùbá = Ewé Akòko.
Nome Popular = Acocô.
Nome Científico = Newbouldia laevis.
Ewé Akòko é uma folha masculina, de gún (excitação), ligada ao elemento terra. Sua origem é africana, mas é uma árvore que muito vem sendo disseminada no Brasil, principalmente pelos africanos. É uma folha de prosperidade e multiplicação. De grande importância na liturgia dos Cultos Indígenas Africanos (Iorubá, Fom e Bantu).
É uma árvore abundante em terras africanas.
Na Nigéria, os Iorubás consideram-na uma arvore de prosperidade (dinheiro=Owó) e multiplicação (filhos=Omo). Os troncos desta árvore eram e são muito utilizados pelos Iorubás em feiras/mercados (lugar que gera o movimento de dinheiro), em forma de estacas e o comum é que os mesmos brotem, gerando outras arvores, por isso está associada à multiplicação (filhos) e a prosperidade (feira/dinheiro).
Está associada aos Òrìsà Èsù, Ògún, Òsanyìn, Egúngún e Oya.
Suas folhas representam o reconhecimento e a realeza. Pequenos galhos desta árvore são utilizados em cerimônias reais e de recebimento de títulos honoríficos na sociedade Iorubá. Os Iorubás falam: “Nenhum Rei (Oba) é considerado Rei, se em sua cabeça (Orí) não tiver levado Akòko”.
Em Iré, Cidade do Estado de Ògún, na Nigéria, onde o Culto ao Òrìsà Ògún é de grande força, o Ojúbo (elementos de culto) desta Divindade encontra-se sob a copa desta árvore, que muitas vezes é ornada com pano branco.
Entre os Jèjí, o Akòko é conhecido como Ahoho pelos Mahi e Hunmatin pelos Mina. É uma Huntingome/Jassu (Árvore Sagrada) e é o principal Atin-sa do Vòdún Gún. Os Mahi acreditam que galhos desta árvore devem ser levados junto ao corpo por pessoas que vão fazer viagens longas ou que ofereçam algum tipo de risco, o mesmo gera grande proteção aos que a possuem junto ao seu corpo. Isso se dá proveniente a regência de Gún nesta folha.
No Brasil, as Casas de Candomblé utilizam o Akòko em rituais de iniciação (Igbèrè), em obrigações de sete anos (Odún méjè Igbèrè) e na composição de banhos sacros (Àgbo), inclusive, em algumas casas, esta folha entra como uma das 16 principais folhas deste banho.
Esta folha por ser um símbolo de multiplicação, prosperidade e realeza, pode ser utilizada na liturgia de qualquer Òrìsà, principalmente os já mencionados.
Muitas pessoas confundem o Akòko com o Akosí (Polyscias guilfoylei), cuidado.
Ewé ófé gbogbo akoko
Ewé ofé gbogbo akoko
Awá li li awá oro
Ewé ofé gbogbo akoko
Akoko,é a folha de todas as pessoas inteligentes
Akoko é a folhas de todas as pessoas inteligentes
Nós temos , nós somos, riquezas e saúde Akoko é a folha de todas as pessoas inteligentes
Nome Yorùbá = Àbámodá, Erú òdúndún, Kantí-kantí e Kóropòn.
Nomes Populares = Folha da fortu-na, fortuna, folha grossa, milagre de São Joaquim.
Nome Científico = Bryophyllum pin-natum.
De origem asiática, foi introdu-zida há muito nas Américas, hoje en-contrada em todo o território nacio-nal. Uma planta de fácil cultivo, já que, brota com grande facilidade, principalmente em lugares e terras úmidas.
Muito confundida com a Folha da costa (Òdúndun) e com uma flor ornamental conhecida como Kalanchoe.
Mesmo a folha da fortuna (Àbámodá) sendo uma substituta da folha da costa, são duas folhas distintas.
Àbámoda é uma folha feminina, de Èrò (calma). Regida pelas divindades Èsù, Òrúnmìlà e Obàtálá. Com diversas utilizações, tanto medicinal, quanto litúrgica.
Seu nome (Àbámodá) significa: “O que você deseja, você faz”. Pelo seu uso em substituição ao Òdúndun, também é chamada de Erú Òdúndun – Escravo de Òdúndun.
Na Nigéria, mais precisamente em Ilé Ifè, Àbámodá faz parte de u-ma ritualística mistura de ervas que serve para banhar as estatuetas de Obàtálá e sua esposa Yèmowó, a-pós os sacrifícios rituais.
Como folha de Èsù, representa a multiplicação e a prosperidade, ca-paz de multiplicar qualquer Àse, tra-zer prosperidade, afastar coisas ne-fastas e trazer muitas realizações. Uma folha que não pode faltar no Àgbo que sacraliza o Yangí de Èsù.
É considerada por muitos Bàbálawo (Sacerdote de Òrúnmìlà) co-mo uma folha de Ifá e bastante utilizada dentro do culto ao mesmo.
Os Olóòsanyìn (Sacerdote de Òsanyìn) utilizam-se da mesma em oògùn (magias) para prosperidade, afastar a inveja e a obtenção de realizações.
Já os Onísegùn (Médicos herbalistas) a usam para a cura de doenças de pele, como feridas, furúnculos, úlceras e dermatoses em geral.
No Candomblé (Religião afro-brasileira), ela é utilizada em rituais de iniciação, através do Àgbo (preparado utilizado para banhar ou beber), na sacralização de objetos ritualísticos das divindades, para as-sentar “Èsù do Mercado”, para lavar os búzios (owó eyo) do oráculo e em muitas outras magias para prosperidade.
Medicinalmente a folha da for-tuna (àbámodá) funciona como diu-rético, combate encefalias, nevralgi-as, dores de dente, coqueluche e a-fecções das vias respiratórias. E também é bastante utilizada no combate a diabetes.
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